sábado, novembro 18, 2006

O que é fácil... e o que não é...

Trabalhar 35 horas semanais (por turnos de 8 horas cada) em Caldas, ter aulas em Leiria e Lisboa todas as semanas durante este dois últimos meses tem sido um pouco puxadito. Vantagens: quando se gosta do que se faz, faz-se com um sorriso no rosto (mesmo com o ar desmazelado de quem não tem tempo para nada!) e aprende-se qualquer coisa (incrível o que se aprende quando nos damos ao trabalho de estudar!)
Desvantagens: adormecer na aula, as viagens longas realizadas sozinha, as filas de trânsito, as alimentações que não se fazem porque não há tempo, os amigos que não vê-mos porque estão nas Caldas apenas no fds e no fds trabalho e tenho aulas, o nosso lugar no café onde íamos todos os domingos, o Rapazito que deixamos de ver (com muita pena).
E apesar de tudo, não desisto... porque quando não temos nada... nada temos a perder! Incrível como é fácil lutar pelo conhecimento, esforçar pelo trabalho de que tanto se gosta... e como considero tão difícil dizer um simples olá ao tal Rapazito do café...
Há dois meses que deixei de de ir ao café, de sair à noite, de estar com os amigos... esta Quarta feira, depois de criar mossas em tudo o que é parede deste quarto, resolvi levar os apontamentos para o Pópulus (o tal café)... e ainda estudei um pouco. Mas é sempre difícil manter a atenção quando quem não espero ver ( e não se vê há dois meses) se senta na mesa ao lado... e mais uma vez não se diz Olá... resultado: concentração comprometida para o resto do dia, associado ao convite de ir comer castanhas a casa de uma amiga ( e colega de trabalho), portanto, da Estrela lá do serviço!! E depois, uma saída até ao pub. Como todas as saídas que tenho com a Estrela, esta foi mais uma excelente: Karaoke - LOL! Óbvio que não canto, nem me meto, nem gozo com quem o faz.. antes de mais, admiro e respeito.. só de pensar em falar, cantar ou estar perante uma data de gente a olhar para mim, paraliso! E depois de uma malhas bem e menos bem cantadas, eis que o tal rapazito aparece, mesmo ao fim da noite... e portanto o que é que eu faço?! Pois olho para o chão na precisa altura em que ele está à minha frente, virado para mim... sou o ser mais estupidamente timido que existe à face da terra... e pior esta mesma situação já se arrasta desde o Verão.
O que é fácil: trabalhar, estudar, não ter tempo para mais nada senão para o que tanto gosto de fazer: cuidar dos meus doentes, lutar por lhes oferecer algum conforto neste fim de vida...
O que é difícil: jogar este jogo dos olhares, tremer quando o vejo, sem perceber o porquê deste tremor, destes olhares... perceber porque mexe tanto comigo quando nem sequer o conheço e pelos visto nunca conhecerei.. porque a timidez é tanta que me desaguo em mim mesma.
Como este blog é uma bengala em que me apoio.. peço-te desde já, Rapazito, desculpa por não te ter dito nada e por ter desviado o olhos.. e por não saber jogar este jogo cujo final não é mistério para mim:"i'll end up alone, like i began". Desculpa...

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