terça-feira, outubro 16, 2007

moulin huge

ah pois é! :)

Então...


Depois de subir e descer o funiculaire de Monmartre (e acreditem.. é muita escada.. é escada que nunca mais acaba!).. percorri a red light street francesa.. ou pelo menos, muito se assemelha.. desde sex shops a lap e table dances.. tanto de um lado como de outro da rua.. e também vos digo, imagem a avenida da liberdade, em maior escala (comprimento, neste caso), com sex sops desde o rez do chão ao 3.º e 4.º andar.. meninas e meninos pelas ruas, a meio da tarde com convites e propostas tentadores (para alguns).. objectos fálicos de tamanhos variados, para os mais tímidos e para os mais tarados, ou até mesmo malucos.. cadeiras de banho checo, sem água mas com um género de moinho de línguas no meio do local onde "uma pessoa" se senta (para elas!!)... tudo isto entre Pigalle e Blanche... e eis que aqui encontramos o famoso Moulin Rouge... sim, eu estive ali... e sem audição marcada... e também vos digo, apesar daquilo já não ser o que era, os espectáculos que ali se realizam enchem aquela sala.. pelo menos nesta tarde, a fila era imensa.. com muitos hommes e muitas femmes... caso para relembrar: voulez vous coucher avec moi.. ce soir?

Portugal... estou de volta!

... palmilhei a terra dos parisienses de lés a lés... depois de muitos "ouis" e "pardons", "excuse moi", parisienses femmes elegantes e bonitas e de parisienses hommes elegantes e jeitosos, depois de museus com obras magníficas, tais como o Louvre (onde está a Mona menos Enrugada - Gioconda), o museu d'Orsay (pelo qual me apaixonei como nunca antes- lindo lindo lindo!), l'Orangerie, depois da Notre Damme, das Gauffres, dos Crepes, da Torre Eiffel, do Arco do Triunfo, da maior biblioteca onde já estive (Biblioteca de Paris), das ruas parisienses, dos Champs Elyssées, depois os voos, depois das 1075 fotos que apenas eu tirei... depois da Euro Disney, depois do Euro rugby 2007, depois da maluqueira que é o metro e o RER franceses, depois de toda a magia e de toda a história, depois de 3H da ver quadros a ponto chegar a olhar para paredes vazias e já ver flores e caras, depois de ver uma data de estátuas todas decapitadas e amputadas, depois de ver sapatos de marca que custam 500 euros (!!), depois de toda aquela simpatia em que eu tento falar francês e eles sorriem, respondem em inglês mas coerente ao que havia perguntado.. depois de ter deixado por lá quase todo o meu dinheiro em comida e transportes, depois de ter deixado, também, mais de metade das solas das minhas sapatilhas de tanto andar, depois de ter trazido a vontade de lá voltar sem esquecer os 4,50 euros que paguei por um chá e dos 2.50 euros que paguei por uma tartellette de framboise... voltei para ver mais obras de arte com muitos anos, alguns amputados.. mas também eles nus.. na Medicina!!!!!


... restam-me as fotos

Agora acredito em contos de fadas!

EU ESTIVE ALI!!!!!!!! :)

segunda-feira, outubro 08, 2007

Mais ar...

... mais forma de expulsar de dentro de nós aquilo que é maior do que nós.. de forma produtiva, de forma exaustiva, de forma apressada, de forma ruidosa... de qualquer forma, mas expulsar! Porque se somos obrigados a viver com Ela, obriguê-mo-La também a suportar-nos.. de igual forma parasitária... mal já nós estamos, não há mais nada a perder senão mais umas lágrimas, mais uns soluços, mais um esboço de vida irrecuperável, na tentativa de alcançar o desenho perfeito.
... mais inquebrável ele se transforma quanto mais Ela se apodera de nós. Quanto mais nós A deixamos apoderar-se de nós. Pois preferimos secar a tratá-La como uma vida que existe e se alimenta de nós. Ela que nos retira o sorriso arduamente obtido, Ela que nos obriga a perder a inocência, Ela que nos faz temer, odiar, recuar, desistir, Ela, que nos molda aos nosso pares, aos acomodados, aos conformistas, aos mentirosos que ainda afirmam sonhar... porque não a expuseram, porque não a parasitaram de igual forma... porque de certo modo, não aprenderam a brincar com Ela.
... eu ainda não sei brincar com Ela, e muitas vezes ainda sou usada, muitas vezes sinto a cristalização nos meus pulmões, ainda A sinto quando inspiro bem fundo, como milhares cacos de vidro a perfurarem a carne... e o queimar da saliva ardente a atravessar-me o esófago e derreter-me o estômago como se de lava se tratasse.... e por vezes o choque do sangue a arrastar-se pelas veias, enguias electrizantes a descarregar furiosamente em mim mesma... eu ainda A respeito, eu ainda corro o perigo de não aprender a brincar com Ela, de não saber escutá-la, de não saber observá-la, de não saber enganá-la e aceitar a minha derrota perante a sua grandeza. Eu ainda não a expulsei... ainda não sei olhar para o espelho sem ver o reflexo dEla mesmo ao meu lado.... é necessidade básica, minha pelo menos, de crescer como Ser, longe daquilo que mais foça lhe deu, enquanto cresci como animal aqui....
Mais ar... para continuar a viver e aprender, um dia, a viver com Ela... com a Dor...



domingo, outubro 07, 2007

Eddie Vedder - Hard Sun (Official Video)

Eddie Vedder de volta.. em grande como sempre!!! do Filme "Into the Wild" (atenção ao minuto 04:40)

sábado, outubro 06, 2007

Vai um petisquinho?!


@*#&£!!!!

... os ataques de raiva tb me dão... :(

Expectativas...

Repetimos para nós mesmos as histórias, em voz baixa e depois, para nos convencer-mos, em voz alta... na ilusão de nos acreditar-mos a acabar com um sentimento, uma expectativa, um sonho, algo já finalizado.. mesmo antes de ter tido um início... como um querer desligar a luz de uma divisão. Tão simples!!!
Mas são noites destas em que esperamos por algo diferente, algo que mude, algo que nos dê uma réstea de esperança para poder-mos acreditar novamente naquilo que juramos esquecer... andamos tempos e tempos a enganar-mo-nos e a recusar algo, quando tudo o que mais queremos é voltar a ao tempo em que sonhamos e não nos magoamos com esses sonhos, essas expectativas, esses desejos... há 6 anos que o faço.. há seis anos que minto a mim mesma, mas quando passo por lá espreito sempre, quando vejo algo que me recorda agudizo os sentimos na vã esperança de se repetir a presença conjunta como anteriormente...
A pergunta: 'porque custa tanto a passar?' ou 'porque é que é que não passa?' passa por todas estas expectativas que tentamos abafar, para enganar-mos os outros e fingir que estamos bem, para tentar-mos avançar.. mas na realidade parte de nós não quer esquecer, ou então aceito a ideia conformista e derrotista de que somos mesmo uma matéria fraca, e que a razão é uma desconhecida quando os sentimento se impõem de forma bruta e sadicamente violenta...
Mas queremos nós continuar a sofrer? Não pode ser? Uma coisa é certa.. 6 anos não são suficientes para se esquecer...
Quanto a mim, que me conheço minimamente, a ponto de ter medo de mim mesma... já deixei de mentir.. afirmo a todas as letras que me lembro todos os dias, mais do que uma vez, que observo minuciosamente a matrícula cada vez que passa um carro semelhante (porque até a matrícula fica gravada na memória), que o olhar vagueia em locais suspeitos que avivam a memória de ambas as presenças, na música que ouço... (porque a música é minha melhor amiga, mas como todos os melhores amigo, também ela nos dá chapadas e nos faz chorar)... e afirmo-o em voz alta... eu não consigo e não quero esquecer... e murmuro.. mas também não quero continuar a chorar....
Sobrevivo dia após dias.. com as minhas expectativas...

Bush - Glycerine

saudades de ouvir estes gajos... ps: não acho este tipo nada de especial!!!