quinta-feira, novembro 30, 2006

Hoje..


Dava tudo para não ter que ser responsável e fazer o que me desse na real gana!!!! Hoje dava tudo para ser impulsiva... desde que amanhã ninguém, nem o mundo nem eu, nos lembrássemos...

terça-feira, novembro 28, 2006

Saúde?

Porque todos padecemos de uma doença mortal: a Vida.
(frase tirada do blog NEOPLASIA EXISTENCIAL)

A chave

E assim foi, num ápice passaram 4 anos, e voltei à cidade de onde havia saído. Após o terminus do curso voltei à vida do ensino secundário, vida que tanto me custou viver. Época com a qual não me identifico com nada/com ninguém. Uma regressão ao pesadelo com a agravante de já ter alcançado algo que nunca consegui nesta cidade: amigos com gostos e ideais em comum, viver só, longe de todos os que me são conhecidos, longe onde não era filha deste e daquele tal, sem nunca encontrar esta ou aquela pessoa, onde construí os meus hábitos e as minhas rotinas.
Voltei à cidade onde não encontrei nunca qualquer afinidade e pior, voltei a tudo que me custou mais viver: ao todo que era e sou e ao contexto(caldense) preconceituoso e elitista com qual nunca me identifiquei. Se hoje, passados 2 anos e meio do meu regresso estou como me vejo, sei que acontece não porque o quero ou porque me acomodei, mas porque ainda não tenho a chave para abrir a porta para sair de toda esta existência em que sobrevivo. Não desisti da busca pela chave, mas sinto que ela está longe... ou perto: num qualquer bolso ou até mesmo dentro de mim. O esforço e a coragem para me esventrar e agarrá-la (à chave), e mesmo esventrada continuar o meu caminho. Vou conseguir? Resta a angústia por algo de melhor e o pavor da continuidade do presente.
O caminho que percorro, as escolhas do quotidiano não são os mais correctos, podem não me deixar dormir de noite, mas é a adaptação ao isolamento que dita o meu futuro, tendo em conta que não consigo reescrever o meu passado.
E choro ao fim do dia... todos os dias...
Tatuagens

Brilhante! Mafalda Veiga e Jorge Palma (este último que tanto admiro pelas belas composições que realiza)

segunda-feira, novembro 27, 2006

Insónia...

Pronto era só isto, uma vez que não consigo dormir... outra vez!!

domingo, novembro 26, 2006

A lesson

"Do you see the way that tree bends?
Does it inspire?
Leaning out to catch the sun's rays
A lesson to be applied
Are you getting something out of this all-encompassing trip?"
(Pearl Jam - Present tense)

Tic tac tic tac...

O tempo que passa e me arrasta com ele. Não espera pelas oportunidades, nem ajuda a apanhá-las. O tempo que passa não me deixa sair de onde estou, e prende-me onde todos os relógios me enganam. O tempo que passa apanhou-me desprevenida e agora, seca-me o coração enquanto me escondo por entre estas quatro paredes para não o ver. Ou quando espreito e saio até ao café sorrateiramente na esperança de o ver. E nada, porque o tempo arrasta-nos com ele, prende-nos, faz-nos rodopiar sobre nós mesmos, e nós esticamo-nos e esticamo-nos, tentamos agarrar-nos à racionalidade. E quando damos por isso é tão tarde...

Expressões...

"Morto por te ver"
"Morto para falar contigo"
Expressões cujo sentido modificaram para sempre... hoje em dia, evito-as ao máximo e no entanto estou sempre a pensar nisso... :-(

sábado, novembro 25, 2006

Milagre!!!

"... andam paraplégicos..."

à Sarilho:

-"Oh pah, depois de dar banho à mulher,uma senhora já de idade, conectei os eléctrodos.. tudo bem ela tinha pace-maker, resolvi pentear-lhe o cabelo. Ela tinha um cabelo lindo, longo... no fim quando lhe ia a perguntar se ela gostava mais dele assim.. ela estava em assistolia.."
- "Boa, morreu, mas morreu penteadinha..."
- "Morta mas linda"!

"Como diria a Sarilho: esta é de morte!"

sexta-feira, novembro 24, 2006

Bem simples...

http://www.laboratoriodedesenhos.com.br/aquarela.htm

Quando tudo era bem mais simples...

Cães perdidos


Triste.

(Sad - Lost dogs - Pearl Jam)

quinta-feira, novembro 23, 2006

Mudar...

Achas que não me custa estar só, achas que não me sinto culpada de fazer o que faço, de ser como sou aos 24 anos, culpada de não ser amada, culpada de olhar para quem não consigo alcançar,, culpada pelas escolhas erróneas/cobardes, e ainda mais culpada porque não mudo? Pois isto não é novidade: sinto-me culpada da minha existência vergonhosa.
Como disse: quem perde sou eu: sem o rapaz, sem amigos, sem paz em casa, sem vida para além de respirar... Não tenho absolutamente nada. Os acasos, as coincidências, a sorte que dizes não existirem, existem. E abençoam os lutadores, os resistentes e não os fracos como eu. Eu que desisti da vida.
Como é possível tal discrepância? Como é possível que os meus amigos, que me conhecem dizem que eu sou isto e aquilo de excelente pessoa, esta e aquela qualidade e no entanto eu olho ao espelho e nada disso vejo.. e no entanto eu olho para mim e estou só: 24 sobre 24H e claro, no fim dizem-me que tenho de mudar para obter o que quero. Não entendo, não consigo compreender se sou assim, porque estou só? Porque não está ele comigo? Tu mal sabes o que é viver nesta casa, o que é que se passa na minha cabeça, e não tens a mínima noção do que sinto.. já me viste chorar, já me viste cega de raiva... mas não sabes o que é nunca ter tido o que já tiveste... Existe algo mais para além do que faço, existe uma vida que não vivi na adolescência, não vivo agora e da maneira como sou: nunca o viverei.
Tenho uma fenda profunda no peito e está a alastrar irreversivelmente. Não consigo reverter o processo.
Eu não sei lidar com o que se passou na quarta feira, eu não sei lidar e não tenho ninguém para me ajudar, a não ser para me dizerem que tenho de mudar, e de fazer isto e aquilo, quando na realidade ninguém o faz. Não quero que o façam por mim, mas preciso de ajuda! E nem isso tenho... nem isso esta vida me deu... bolas!!!
E se tu consegues viver com as tuas ideias, os teus escritores, a tua cultura, os teus problemas, o facto de teres tido sorte, acaso e lutas vencidas, ainda bem para ti... Ainda bem para ti que sais à rua e encontras sempre alguém. Eu vivo aqui, anos após ano e não encontro ninguém... Afasta-te e não me mandes mensagens de felicidade, porque isso é mostrar vida a um moribundo, sabendo ele que não a pode alcançar... Sou cadáver ambulante, decomponho-me na miséria do isolamento que chamo até mim.. porque já nem a tua amizade me pode ajudar...

Está a chover...

Saí aos locais comuns bem mais tarde... olhei em todas as direcções, esperei e desesperei, inventei mil e um ses, e depois tentei voltar à minha vida. Tentei... e hoje a chuva reflecte o meu estado de espírito. Definitivamente, a vida só tem isto para mim: trabalho, estudo e esperar que o dia se alegre se alguém aparecer por uns minutos...

quarta-feira, novembro 22, 2006

Um pouco de água no poço..

Meu amigo alfacinha, sim N., tu mesmo: obrigado pelo apoio e por me fazeres rir... o mau tempo pode passar, mas quando demora meses e nós desistimos, tudo piora e não vemos alternativas ou soluções... ambos sabemos que é fácil falar para dar apoio.. mas para quem está na pior, nada nem ninguém o consegue ajudar. Embora me encontre em constante queda neste poço sem fundo para onde me atirei, posso dizer que entornaste para lá um baldito de água e que isso não será esquecido: obrigado por te fazeres de parvo para apoiar esta parva! A parvoíce agradece companhia!

terça-feira, novembro 21, 2006

Uma história

E um dia ela deixou de existir... porque o seu nome fora esquecido, a sua voz calada, o seu riso congelado e as suas lágrimas secado... um dia ela acordou e viu que estava só, não porque a espécie se havia extinguido, mas porque não conhecia nenhuma cara, não recebia nenhuma sorriso, nenhuma chamada, nenhum convite, nenhum bom dia... as faces de que se lembrava recentemente, haviam apagado da sua memória quem em tempos as afastou, quem em tempos não se deu a conhecer, quem não abriu os braços para a humanidade... de repende, viu que não sabia o que era amar, que não sabia o que era ser amada... de repente viu que a vida era mais do que aquilo a que estava habituada... viu que a vida era aquilo que ela negara e tentara afastar, e que na realidade essa mesma vida nunca a perseguiu... viu que era apenas mais alguém que perdera toda e qualquer possibilidade de ser feliz, toda e qualquer possibilidade de ultrapassar o muro que ela própria criara. Demasiado alto e bem estruturado... De repente voltou a chorar, que era o que lhe restara de ser Ser Humano... porque tudo o resto caiu numa fenda escura e profunda como aquilo a que um dia chamou coração... e a culpa foi só dela... e não havia retrocesso neste processo de isolamento. Nesse dia ela olhou-se ao espelho e desconheceu-se, talvez pelas lágrimas pesadas, pela vida perdida, pela tristeza que tanto a abateu e modificou... se ao menos tudo tivesse sido diferente desde o princípio... e voltaram os "ses" e as dúvidas e o passado voltou a dominar o futuro já comprometido... teria o presente salvação naquela cidade, naquele Ser? Ela assim o desejava.. mas tudo foi perdido no negrume em que se tornaram os seus olhos, onde mais nenhuma luz brilhou... hoje ela caminha sem tirar os olhos do chão, e ninguém se importa.

E é tão triste...



"I know it's over
And it never really began
But in my heart it was so real
And you even spoke to me, and said :
"If you're so funny
Then why are you on your own tonight ?
And if you're so clever
Then why are you on your own tonight ?
If you're so very entertaining
Then why are you on your own tonight ?
If you're so very good-looking
Why do you sleep alone tonight ?
I know ...
'Cause tonight is just like any other night
That's why you're on your own tonight
With your triumphs and your charms
While they're in each other's arms..."
The Smiths (I know it's over)
Pearl Jam - Ship Song - 6/20/95 Red Rocks

(Original de nick Cave)

segunda-feira, novembro 20, 2006

Hobbes...


Adoro banda desenhada e não tenho vergonha de o dizer: Calvin & Hobbes são, de longe, os meus preferidos. Sou fã dos Hobbes. E quando vejo os livros que para aqui tenho, sinto-me como se voltasse à infância onde tudo era bem mais simples.. e se não tivesse mais ninguém, se os amigos de carne e osso tinham gozado comigo por causa dos óculos ou do "beicinho", ou porque era a mais nova (e todos gostamos de arreliar os mais novos!), ou pq estava de castigo porque não tinha comido a sopa ou com dor no joelho por causa da ferida realizada aquando da queda da bicicleta.. tinha um Hobbes para me confortar e então... tinha o Mundo!

Mais um dia...

Com 24 anos, já vi tantas pessoas morrerem... sem nada que pudesse fazer ou após reanimação longa, num ápice ou numa agonia.. e a verdade é que não há forma de ultrapassar isso, não há hipótese de esquecer ou dormir ou de deixar-mos de nos lembrar desta ou daquela pessoa que atravessou mais esta última fase... Sou Enfermeira, e não sei lidar com isso! E não é porque "não são familiares", "já está habituada", ou também "não podes salvar todos.. faz parte da vida". Há sempre desculpa para tudo, justificação... mas não há justificação para o inconsciente que grava todas essa pessoas a quem tentamos dar um pouco de conforto antes do desfecho. Sim, conforto.. porque dignidade, essa foi-lhe tirada e violada a partir do momento em que entra nas portas de um Hospital.. no qual lhe é imposta a nudez e exposição, a dor e a vergonha... Sou Enfermeira e não tenho como ajudar os meus doentes a superar esta sua passividade... não basta dizer que se é Enfermeiro, antes disso sou um Ser Humano, e é como tal que não sei lidar com isto...não há desculpas, não há justificações.. apenas o sentimento de impotência e inutilidade e o medo de um futuro desfecho ns condições por demais conhecidas...
Estou cansada de ver morrer...

Cuidados Intensivos... (Hospital Central)

Doentes sedados, um tubo que vai do nariz até ao estômago para dar a alimentação e hidratar, um pela boca até à traqueia ligado a um ventilador mecânico que mais parece uma árvore de Natal e com alarmes por tudo e por nada, eléctrodos colados ao peito e conectados a um monitor onde está o traçado electrocardiográfico, um Catéter Venoso Central, isto é, mais um tubo a sair da jugular do doente com uma data de lúmens onde estão conectados soros, mangas, seringas, torneiras de três vias, transdutores e ainda conectados ao monitor ou digifusa (neste caso 7 digifusas). Mais um tubo que sai da parede abdominal e que está inserido na aurícula esquerda, a dizer-nos se o ventrículo esquerdo está porreiro ou nem por isso (atenção: se o doente está nos cuidados intensivos: nem por isso!), mais três tubos que vêm, por esta mesma ordem: mediastino, pericardio e pleura todos conectados a um outro tubo que por sua vez está conectado a uma "caixa" de vácuo negativo... sendo necessário mungir (!) estes tubos todos frequentemente. Mais um tubo que está directamente ligado à bexiga (also known as Algália!) e conectado a um urimiter.. avaliada e reavalidada de hora a hora, para saber se a função renal se mantém mais ou menos (atenção: doente nos UI: menos!). Mais 2 microtubos, um em cada braço para manter as linhas arteriais. Se tiver sorte leva duas transfusões de sangue no pós operatório para não se esquecer do arroz de cabidela do mês passado, mesmo sedado não faz mal... Na melhor das hipóteses tiraram-lhe a veia safena (da perna) e com ela substituíram-lhe a coronária direita (no coração!) - coisa simples, portantos!!! Ainda outro tubo enfiado na virilha, leia-se Femural que vai direitinho direitinho ( sem parar para deixar as crianças atravessarem a estrada) para o coração e deste para a a aorta e aí, encher e esvaziar um balão (o BIA) para melhor reperfusão das coronárias e auxílio no esforço cardíaco... e ainda há caramelos que se queixam de dor hemorroidal! Ele há coisas...

Tão cardiológico que até dói!

Diz o Hélio para o BIA: "enche que é diástole" (eheheh)

domingo, novembro 19, 2006

Os 12 pares cranianos

Uma lição de Anatomia:"Os ovos mexidos parecem trampa, mas fritos a gente papa e gosta"
os - nervo oltactivo
ovos - óptico
mexidos - motor ocular comum
parecem - patético
trampa - trigémio
mas - motor ocular externo
fritos - facial
a - acústico
gente - grande hipoglosso
papa - pneumogástrico (vago)
e - espinhal
gosta - glossofaríngeo
Os meus são o equivalente a uma gemada realizada com ovos que estiveram três dias ao sol, o que é muito sugestivo. Estou farta de estudar... Já acabei o curso há 2 anos, e parece que estudo mais agora do que durante aqueles 4 anos... saudades de uma noite com sangue no álcool em que não me lembro de chegar a casa!!!

Carinho e compreensão acima de tudo!

-Tenho sede, fome e sono.
Haverá alguém mais miserável do que eu?
Ó vida triste!
Ó corpo vil que de tanto cuidado necessitas!
- Come, o teu mal é sono!

Dúvidas...

De onde vimos? Para onde vamos? Porque é que temos de passar por tantas intempéries para nos adaptar-mos ao processo de crescimento? Porque é que não simplificamos as coisas e atenuamos os nossos medos? O que vou fazer para o almoço?

Oh pah...

Eu meto-me em cada uma, que até parecem duas...

sábado, novembro 18, 2006

Jovem caldense... o mártir!

A caminho do Pópulus (o mítico café que se tornou a minha segunda casa desde os tempos do secundário!).
Pearl Jam - I Got Id (Pittsburgh, PA 6-23-06) Mellon Arena

Há 14 anos que são a minha banda favorita.. esperei 9 anos para ver esta música ao vivo e valeu a pena: tudo o resto parou, toda a gente que estava no pavilhão Atlântico (no dia 5 de Setembro de 2006) desapareceu... e foi o momento mais feliz da minha mísera existência... (seja qual for o blog em que venha a postar, este vídeo estará sempre presente). Obrigado Eddie Vedder, Obrigado Pearl Jam

O que é fácil... e o que não é...

Trabalhar 35 horas semanais (por turnos de 8 horas cada) em Caldas, ter aulas em Leiria e Lisboa todas as semanas durante este dois últimos meses tem sido um pouco puxadito. Vantagens: quando se gosta do que se faz, faz-se com um sorriso no rosto (mesmo com o ar desmazelado de quem não tem tempo para nada!) e aprende-se qualquer coisa (incrível o que se aprende quando nos damos ao trabalho de estudar!)
Desvantagens: adormecer na aula, as viagens longas realizadas sozinha, as filas de trânsito, as alimentações que não se fazem porque não há tempo, os amigos que não vê-mos porque estão nas Caldas apenas no fds e no fds trabalho e tenho aulas, o nosso lugar no café onde íamos todos os domingos, o Rapazito que deixamos de ver (com muita pena).
E apesar de tudo, não desisto... porque quando não temos nada... nada temos a perder! Incrível como é fácil lutar pelo conhecimento, esforçar pelo trabalho de que tanto se gosta... e como considero tão difícil dizer um simples olá ao tal Rapazito do café...
Há dois meses que deixei de de ir ao café, de sair à noite, de estar com os amigos... esta Quarta feira, depois de criar mossas em tudo o que é parede deste quarto, resolvi levar os apontamentos para o Pópulus (o tal café)... e ainda estudei um pouco. Mas é sempre difícil manter a atenção quando quem não espero ver ( e não se vê há dois meses) se senta na mesa ao lado... e mais uma vez não se diz Olá... resultado: concentração comprometida para o resto do dia, associado ao convite de ir comer castanhas a casa de uma amiga ( e colega de trabalho), portanto, da Estrela lá do serviço!! E depois, uma saída até ao pub. Como todas as saídas que tenho com a Estrela, esta foi mais uma excelente: Karaoke - LOL! Óbvio que não canto, nem me meto, nem gozo com quem o faz.. antes de mais, admiro e respeito.. só de pensar em falar, cantar ou estar perante uma data de gente a olhar para mim, paraliso! E depois de uma malhas bem e menos bem cantadas, eis que o tal rapazito aparece, mesmo ao fim da noite... e portanto o que é que eu faço?! Pois olho para o chão na precisa altura em que ele está à minha frente, virado para mim... sou o ser mais estupidamente timido que existe à face da terra... e pior esta mesma situação já se arrasta desde o Verão.
O que é fácil: trabalhar, estudar, não ter tempo para mais nada senão para o que tanto gosto de fazer: cuidar dos meus doentes, lutar por lhes oferecer algum conforto neste fim de vida...
O que é difícil: jogar este jogo dos olhares, tremer quando o vejo, sem perceber o porquê deste tremor, destes olhares... perceber porque mexe tanto comigo quando nem sequer o conheço e pelos visto nunca conhecerei.. porque a timidez é tanta que me desaguo em mim mesma.
Como este blog é uma bengala em que me apoio.. peço-te desde já, Rapazito, desculpa por não te ter dito nada e por ter desviado o olhos.. e por não saber jogar este jogo cujo final não é mistério para mim:"i'll end up alone, like i began". Desculpa...

Na Curva do Tempo...

Na continuidade do Paralíticos Emocionais que me acompanhou nas fases boas e menos boas destes últimos meses e que foi desactivado... Seria tão fácil que pudessemos desactivar assim, das nossas vidas, os momentos em que não conseguimos alcançar os sonhos, os momentos em que nos deparamos com as tristezas e guardar connosco apenas os bons momentos... Seja como for: Na Curva do Tempo, é onde estou continuamente! Desde que me levanto, até que me deito, desde que penso em quem penso, até ao momento que durmo e trago até mim, em sonhos, o que o meu ser necessita... Hoje reinicio (como todos os dias a minha existência) o meu diálogo com os sonhos e a minha luta com a vida...