quarta-feira, dezembro 26, 2007

Caldeira de Alcatrão n.º26 e n.º58....

Finalmente começaram a alcatroar o troço de estrada aqui no fim do mundo, aliás, fim do mundo ao lado da carreira de Tiro, da freguesia de Tornada, local onde o Gato perdeu as botas na cidade do c*r*lh* de Judas.... de modo que neste ultimos três dias estacionaram aqui dois veículos antiquíssimos que depositam alcatrão. segundo os maquinistas que operam estas magníficas máquinas, este será o seu último trabalho... depois disto: reforma vitalícia, falecimento impeditivo... UMA PENA! Se bem que mereçam o descanso do justo guerreiro, mereciam melhor sorte do que uma sucata... talvez um museu, no centro de uma rotunda, em frente a um museu.. qualquer coisa.... ora se os franceses aproveitaram uma gare de comboios e hoje é, simplesmente, o mais belo museu qe já tive oportunidade de visitar (Museu d'Orsay), acho que não custava aproveitar estas beldades... porque são de facto lindas!




Então entretive-me nesta última meia hora a fotografá-las, a trepá-las, sentar-me no lugar do maquinista e a pensar no porquê do nosso estado comprar um quadro num valor indubitavelmente estúpido, quando estes belos artigos têm tanto valor pelo seu trabalho, como pela sua história, ou simplesmente pela sua beleza... mas penso que sou apenas eu, que encontro nos veículos antigos um motivo para sorrir e sonhar um pouco com outras eras.. realmente acho que gosto mesmo de história e destes pedaços de tempos passados... mas resumindo.. São lindíssimos, mesmo sujos de alcatrão, ferrugem, com remendos improvisados.. enfim, castigos do trabalho duro, e do tempo que já passou, a que são sujeitos, tanto as máquinas como maquinistas.. deixo aqui algumas fotos:

Muitas fotos ficam por mostrar.. mas algumas, prefiro quardar apenas para mim....

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