quinta-feira, junho 18, 2009

Se alguém souber... chegue-se à frente!

A dúvida existencial de hoje que, de certa forma se arrasta há alguns dias, é: como é que conseguimos falar com alguém que simplesmente não nos ouve? Ou, se o faz, capta apenas aquilo que lhe interessa e interpreta de forma errónea, ou melhor, completamente fora do contexto, como se estivesse num plano paralelo ao qual nõs estamos a tentar comunicar... e ainda, como o fazer sem que, a pequena informação que passa e que é deturpada pelo receptor, não seja usada contra nós mesmos?
Este belo mistério tem-se assombrado desde que alguém que eu considerava amigo me magoou imenso.. Se por um lado bati no fundo por ter visto que mais uma vez me havia enganado quanto a uma pessoa que conhecia (será que conhecia mesmo?!) há 12 anos, por outro lado foi o facto de ter sentido que quem me magoou usou toda a informação que havia recolhido contra mim e me magoou nos pontos certeiros.. aqueles órgãos vitais sem os quais não escapamos quando lesionados... Dóóóóóiiiii... e não é pouco...
Mas a principal questão é essa... se alguém que nos conhece e sabe como nos atingir é capaz de usar a informação contra nós, como falar com essa mesma pessoa... isto é, se ainda existir interesse em fazê-lo (que não há!), mas que ainda existe nos perídos de penumbra, e por este período refiro-me aos momentos imediatamente a seguir à recusa das chamadas, ao ignorar das mensagens e quando nos fala rispidamente, ou não fala sequer, nós nos questionamos, a nós e a essa pessoa o porquê dessa mesma reacção... qual o pecado capital que cometemos a ponto de ser-mos tratados assim... perguntamos em vão: a resposta não surge!
Portanto, passado esse período de penumbra em que vislumbro o que ando a perder de bom a pensar em algo ou alguém que me maghoou simplesmente porque sim, ou por algum motivo que, pelos vistos, nunca saberei.. concluo que me enganei durante 12 anos e que sou, portanto, tapadinha da fronte! Assim seja...
Mas mesmo assim, como se fala com uma pessoa dessas, que ainda por cima pensamos ser nossa amiga... como atingir essa pessoa, e não me refiro a um very light, a um míssil ou gás mustarda, embora às vezes seja a única ideia que passe a nossa cabeça... afinal como fazer isso? Valerá a pena tentar? Como falar com essa mesma pessoa que sabe que estamos a sofrer e mesmo assim é-lhe completamente indiferente? Eu pensava que sim.. que se devia tentar sempre, mas isso sou eu, que ainda tenho a minha quota parte de ingenuidade (e gosto dela)... e prefiro magoar-me com outra pessoa que poderei vir a conhecer, do que correr atrás de uma amizade que, afinal, nunca a foi... e quem sabe, posso vir a não magoar-me ou não magoar ninguém..
O dia de amanhã é isso mesmo: o dia que virá a seguir ao de hoje... e quando chegar, logo se vê!

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