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... mais inquebrável ele se transforma quanto mais Ela se apodera de nós. Quanto mais nós A deixamos apoderar-se de nós. Pois preferimos secar a tratá-La como uma vida que existe e se alimenta de nós. Ela que nos retira o sorriso arduamente obtido, Ela que nos obriga a perder a inocência, Ela que nos faz temer, odiar, recuar, desistir, Ela, que nos molda aos nosso pares, aos acomodados, aos conformistas, aos mentirosos que ainda afirmam sonhar... porque não a expuseram, porque não a parasitaram de igual forma... porque de certo modo, não aprenderam a brincar com Ela.
... eu ainda não sei brincar com Ela, e muitas vezes ainda sou usada, muitas vezes sinto a cristalização nos meus pulmões, ainda A sinto quando inspiro bem fundo, como milhares cacos de vidro a perfurarem a carne... e o queimar da saliva ardente a atravessar-me o esófago e derreter-me o estômago como se de lava se tratasse.... e por vezes o choque do sangue a arrastar-se pelas veias, enguias electrizantes a descarregar furiosamente em mim mesma... eu ainda A respeito, eu ainda corro o perigo de não aprender a brincar com Ela, de não saber escutá-la, de não saber observá-la, de não saber enganá-la e aceitar a minha derrota perante a sua grandeza. Eu ainda não a expulsei... ainda não sei olhar para o espelho sem ver o reflexo dEla mesmo ao meu lado.... é necessidade básica, minha pelo menos, de crescer como Ser, longe daquilo que mais foça lhe deu, enquanto cresci como animal aqui....
Mais ar... para continuar a viver e aprender, um dia, a viver com Ela... com a Dor...
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